“Hoje, localismo tem um sentido positivo. Trata-se de valorizar a qualidade de vida dentro dos limites do bairro. Morar, trabalhar, estudar, consumir e relaxar ao alcance de uma caminhada ou de algumas pedaladas. Do jeito que a coisa vai, vamos todos nos tornar localistas, queiramos ou não”. Em sua coluna no jornal O Globo, o jornalista Arthur Dapieve define bem um movimento mundial que vem se tornando cada vez mais forte: o localismo.
Com a vida cada vez mais corrida e o trânsito caótico das cidades, fazer a vida caber em um bairro é um sonho para muita gente. Trabalhar, estudar, fazer compras e se divertir sem precisar fazer grandes deslocamentos não gera apenas economia (de tempo e dinheiro), mas também qualidade de vida.
Em cidades como Nova Iorque (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca) e Barcelona (Espanha), o localismo já é realidade há muito tempo. Em comum, estes municípios priorizam o pensar local, desestimulam o uso dos carros e redesenharam seus espaços em função das pessoas. Criar regiões autossuficientes – em que tudo pode ser feito a pé ou de bicicleta – oferece mais praticidade e facilidade para a população, evitando deslocamentos desnecessários.
Com isso, surge um novo jeito de morar, onde localização, sustentabilidade, qualidade de vida e mobilidade passam a se tornar fatores decisivos na escolha de um lar. Tudo para que o tempo perdido em descolamentos ou no trânsito se torne tempo de aproveitar melhor a vida, os amigos e a família.